Aos 30 ela é assimº°°

São tantas as frustrações, as incertezas, as certezas... Um mix de mulher e menina, um sentimento confuso, maduro, um tanto forte e outro tanto "pedindo proteção". Que fase é esta? Fase transitória, cheia de cobranças pessoais, de libido em alta, de fertilidade em baixa com 16% de chance de gravidez... e ela pensando em casamento! Com tanta história para contar, com tatos amores perdidos, com um jardim para cuidar, pensando em realizar o sonho da casa própria, quitar as prestações do carro, guardar dinheiro para a faculdade do filho, sem falar na pressão que é cobrança da sociedade repressora e alienante... Nossa! São tantas as coisas que me invadem o pensamento nesse momento. Por isso recorro ao grande Miltinho na belissíma composição Mulher de trinta, dizendo: "No meu olhar, na minha voz... Um novo mundo, sinta".

Aos 30, o intestino fica mais lento, a voz mais autiva, o olhar mais firme... é o corpo respondendo a força da alma. a mulher quebra paradigmas, rompe estigmas, libera a sem vergonhice, ama com cuidado e cuida com amor. Perde o radicalismo, percebe o mundo a sua volta, reconhce seus amigos, deixa "a turma" e adere a melhor amiga. Deixa de ser esquerda e percebe que o melhor é estar do lado que melhor administra o seu país e que melhor representa seu povo... e nesse momento, percecebe que isso é utopia... quase quimera.

Com 30 anos está pronta para ir a Paris sozinha, todavia, não quer se imaginar sozinha em sua cama de casal. A maturidade está no ponto certo e a infantilidade a flor da pele. De certo que está madura e até experiente, mas, basta que a TPM pegue de jeito e, logo volta a fase de adolescência... e nesses picos extremos, ainda consegue ser encantadora. Bem disse Affonso Romano Sant'Anna, 1986;

"...Seus olhos não violam as coisas,
mas as envolvem ternamente.
A mulher madura é assim, tem algo de orquídea
que brota exclusivamente de um tronco, inteira.
Não é um canteiro de margaridas jovens
tagarelando nas manhãs..."

E se para Sant'Anna a mulher de 30 é "orquídea", para o companheiro é apenas "a companheira", para adolescentes é "tia", para filhos smplesmente "mãe", para outras mulheres "guerreira". Sim, guerreira de uma luta interna, pessoal e intransferível. Guerreira de um cotidiano repleto de papeis sociais (é mãe e é filha, é noiva e ex-noiva, é profissional e é estudante, é amiga e é rival... ). E esta condição de guerrilha branca interior lhe concede o diereito de fato de ser exclusiva, inteira... pronta para ser amada por quem o souber assim fazer.

3 comentários:

  1. Pq será que toda mulher reflete mais sobre as coisas da vida nesta idade? Como disse no comentario anterior, paradigmas existem para serem quebrados, esse é mais um convite a quebra de paradigmas!
    Filosoficamente, seu texto é profundo.
    Abs.

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  2. Perfeito Sam, você definiu os mais profundos sentimentos de uma mulher de 30..rsrsr

    Parabéns!!!

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  3. É assim que me sinto... como vc consegui? Abs.

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